Angélica Salvi
A música de Angélica Salvi tem raízes na clássica mas dá frutos noutros repertórios. A harpista espanhola radicada em Portugal, a solo com a sua harpa amplificada, vai a jogo no Lux e promete atravessar mais uma fronteira.
A Boca do Lobo volta a abrir-se, dia 11 de Setembro, no Lux-Frágil.
- A harpa é o instrumento angelical por natureza e a tua harpa é uma Salvi. Não há coincidências?
- Se isso não bastasse, nos anos 70 a fábrica de harpas Salvi também criou um modelo chamado Angélica! Sim, os modelos de harpas têm nomes de pessoas como Diana, Ariana, Aurora... Enfim, o destino é pura coincidência.
- Quem é que se atreve a tocar harpa e gravar discos só em vinil?
- Gosto muito do vinil porque é como ouvi música pela primeira vez. Em minha casa havia discos de Zappa, Beethoven, Ian Dury, Mozart e quando era pequena pareciam-me coisas mágicas.
Mas não sou a primeira harpista que grava apenas em vinil! - O que querias com a música que escolheste trazer à pista?
- Queria partilhar uma simbiose entre dois mundos que formam uma parte muito importante da minha vida: O mundo da minha formação clássica, que implica muitos anos de trabalho, estudo e esforço, e o mundo da eletrónica, ao qual dediquei tantas noites em concertos e festivais.
Por tudo isso, não podia haver melhor sítio do que a pista do Lux Frágil para apresentar algo assim! - A beleza vai salvar o mundo?
- Confio plenamente em Dostoievski.